Seis líderes europeus manifestam apoio a Lula e pedem sua presença nas eleições
"A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia", diz documento assinado por ex-presidentes da França e da Espanha
Seis personalidades da política europeia – incluindo dois ex-presidentes e três ex-primeiros-ministros – se manifestaram nesta terça-feira (15) em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reivindicando sua presença na disputa eleitoral à Presidência da República, em outubro. Lula está preso na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril, após ter sido condenado em primeira e segunda instâncias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em um processo eivado de irregularidades envolvendo um apartamento no Guarujá, litoral sul de São Paulo.
A declaração é assinada por François Hollande, ex-presidente da França; Elio di Rupo, ex-primeiro-ministro da Bélgica; José Luis Rodriguez Zapatero, ex-presidente da Espanha; e três ex-primeiros-ministros da Itália: Massimo D’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi. Com o título "Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula", o manifesto, segundo a agência EFE, foi organizado por Jean-Pierre Bel, enviado pessoal de Hollande para a América Latina (2015-2017) e ex-presidente do Senado francês (2011-2014).
No texto, os líderes afirmam que “a luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes”.
“A prisão precipitada do presidente Lula, incansável artífice da diminuição das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres, só pode suscitar nossa comoção”, afirmam os signatários do manifesto.
No documento, os seis líderes também demonstram “uma séria preocupação”, em relação ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, e destacam que ela foi “democraticamente escolhida pelo seu povo e cuja integridade jamais foi posta em interdição”.
Por fim, os autores do texto solicitam “solenemente que o presidente Lula possa concorrer livremente perante o sufrágio do povo brasileiro”.
Leia o manifesto na íntegra:
A prisão apressada do presidente Lula, incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil, defensor dos pobres de seu país, só pode despertar nossa emoção.
O impeachment de Dilma Rousseff, eleita democraticamente por seu povo e cuja integridade nunca foi questionada, já era uma preocupação séria. A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes.
Nós solenemente solicitamos que o presidente Lula possa se submeter livremente ao sufrágio do povo brasileiro.
François HOLLANDE, ex-presidente da República francesa
Massimo D’ALEMA, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
Elio DI RUPO, ex-primeiro-ministro da Bélgica
Enrico LETTA, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
Romano PRODI, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
José Luis RODRIGUEZ ZAPATERO, ex-presidente do Governo da Espanha
A declaração é assinada por François Hollande, ex-presidente da França; Elio di Rupo, ex-primeiro-ministro da Bélgica; José Luis Rodriguez Zapatero, ex-presidente da Espanha; e três ex-primeiros-ministros da Itália: Massimo D’Alema, Enrico Letta e Romano Prodi. Com o título "Chamada de Líderes Europeus em apoio a Lula", o manifesto, segundo a agência EFE, foi organizado por Jean-Pierre Bel, enviado pessoal de Hollande para a América Latina (2015-2017) e ex-presidente do Senado francês (2011-2014).
No texto, os líderes afirmam que “a luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos a escolher seus governantes”.
“A prisão precipitada do presidente Lula, incansável artífice da diminuição das desigualdades no Brasil e defensor dos pobres, só pode suscitar nossa comoção”, afirmam os signatários do manifesto.
No documento, os seis líderes também demonstram “uma séria preocupação”, em relação ao impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, e destacam que ela foi “democraticamente escolhida pelo seu povo e cuja integridade jamais foi posta em interdição”.
Por fim, os autores do texto solicitam “solenemente que o presidente Lula possa concorrer livremente perante o sufrágio do povo brasileiro”.
Leia o manifesto na íntegra:
A prisão apressada do presidente Lula, incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil, defensor dos pobres de seu país, só pode despertar nossa emoção.
O impeachment de Dilma Rousseff, eleita democraticamente por seu povo e cuja integridade nunca foi questionada, já era uma preocupação séria. A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes.
Nós solenemente solicitamos que o presidente Lula possa se submeter livremente ao sufrágio do povo brasileiro.
François HOLLANDE, ex-presidente da República francesa
Massimo D’ALEMA, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
Elio DI RUPO, ex-primeiro-ministro da Bélgica
Enrico LETTA, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
Romano PRODI, ex-presidente do Conselho de ministros da República italiana
José Luis RODRIGUEZ ZAPATERO, ex-presidente do Governo da Espanha
Rede Brasil Atual
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