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PF faz operação contra desvios de R$ 300 milhões em créditos tributários

Um dos presos é uma analista da Receita Federal, que, segundo a PF, usou o cargo para desviar os comprovantes de benefícios fiscais, revendidos a terceiros

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a segunda fase de operação com o objetivo de desarticular um grupo criminoso suspeito de desviar e comercializar mais de 300 milhões de reais em créditos tributários, com o envolvimento de uma analista tributária da Receita Federal em São Paulo, informou a PF.


Foram expedidos seis mandados de prisão e cinco de busca e apreensão a serem cumpridos nos municípios de São Paulo e Bragança Paulista (SP), como parte da segunda fase da operação Manigância. Na fase anterior, deflagrada no mês passado, a PF já havia cumprido quatro mandados de prisão.

Segundo a PF, o inquérito policial foi aberto em dezembro de 2016 após denúncia da Receita Federal sobre possíveis crimes cometidos por parte de uma servidora do órgão. “Ao longo da investigação, apurou-se que a servidora teria promovido alterações nos sistemas de informação da Receita Federal para modificar a titularidade de créditos tributários legítimos em benefício de outras empresas”, disse em nota o órgão.

Créditos tributários são representativos de valores devidos em imposto, seja das organizações para a União ou o inverso. No caso, eram benefícios, retornos de impostos a que algumas empresas teriam direito e que eram, como aponta a investigação da PF, desviados pela funcionária para que pudessem ser vendidos a terceiros.

Os presos desta manhã são: a analista da Receita, um falso fiscal e sua esposa, e três empresários que comercializavam os créditos tributários.

“O esquema funcionava da seguinte maneira: créditos lícitos de grandes contribuintes eram selecionados e desviados pelos criminosos, incluindo um falso auditor fiscal, em favor de empresas intermediárias geridas pelos mesmos criminosos. Em seguida, após a captação de possíveis interessados, os créditos eram vendidos fraudulentamente e transferidos aos beneficiários finais da fraude por meio de pedido eletrônico de compensação e restituição”, acrescenta a Polícia Federal.

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