Header Ads

Depois das declarações simpáticas a Vladimir Putin, Trump volta atrás

Presidente dos EUA conseguiu deixar o mundo todo abismado com o discurso; e voltou a abalar ao mudar radicalmente o discurso.


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu deixar o mundo todo abismado com as declarações de segunda-feira (16), simpáticas ao colega russo, Vladimir Putin, e com críticas a instituições como o Departamento de Justiça e a Polícia Federal americana.

O efeito das declarações foi tão devastador que ele voltou a deixar o planeta de queixo caído nesta terça (17). Mas foi porque mudou radicalmente o discurso.

Donald Trump tentou consertar. Na segunda-feira (16), em Helsinque, ele disse que acreditava na versão do presidente Vladimir Putin, de que a Rússia não interferiu na eleição presidencial americana.

Nesta terça (17), na Casa Branca, ele leu uma resposta elaborada pela equipe de segurança nacional. Afirmou que acredita na conclusão dos serviços de inteligência dos Estados Unidos de que os russos tiveram participação, sim, na eleição de 2016.

Mas num momento de improviso, tropeçou: “Podem ter sido outras pessoas também, tem muita gente mundo afora”.

De volta ao roteiro, justificou: “Quando eu disse ‘não vejo por que a Rússia faria isso’, eu quis dizer ‘não vejo motivo por que a Rússia não faria isso’”.

Uma opinião ele não mudou: reafirmou que não houve colaboração da Rússia com a campanha dele.

O remendo de Donald Trump tem motivo: as críticas vindas até mesmo do Partido Republicano. O presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, afirmou: “Os russos interferiram na nossa eleição, não há dúvida, e o presidente Trump precisa reconhecer que a Rússia não é uma aliada”.

O presidente do Senado, Mitch McConnell, alertou: “Os russos precisam saber que tem muita gente aqui que sabe o que aconteceu em 2016 e é bom que isso não aconteça de novo em 2018”.

Mesmo afastado por causa de um câncer terminal, o senador John McCain fez questão de dizer: “Foi um dos desempenhos mais lamentáveis de um presidente americano. É difícil calcular o estrago causado pela ingenuidade, pelo ego e pela simpatia que Trump tem por governos autoritários”.

O líder da oposição no Senado, o democrata Chuck Schummer, pediu uma investigação para descobrir o que Trump e Putin discutiram a portas fechadas: “Se ele foi fraco com o presidente Putin em público, foi muito pior a sós”.

A imprensa também criticou Trump mesmo nos estados onde ele venceu a eleição e o “Daily News”, de Nova York, foi mais longe: acusou o presidente de traição, com uma ilustração de Trump de mãos dadas com Putin e dando um tiro no Tio Sam.

O Partido Republicano de Donald Trump tem hoje a maioria tanto na Câmara como no Senado no Congresso americano. Preocupado com os efeitos negativos da reunião com Vladimir Putin nas eleições legislativas que vão acontecer em novembro, o presidente tentou mudar o foco: disse que a economia dos Estados Unidos está mais forte do que nunca.

G1

Nenhum comentário

Tecnologia do Blogger.