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Confrontos entre palestinos e israelenses deixam mortos e feridos na Faixa de Gaza

Três palestinos morreram. Protesto coincide com a última sexta-feira de Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.
 

Confrontos entre palestinos e israelenses deixaram mortos e feridos nesta sexta-feira (8) perto da cerca que separa a Faixa de Gaza de Israel. Segundo o ministério da Saúde de Gaza, três palestinos morreram. O balanço de feridos ainda está indefinido. O jornal “Haaretz” afirma que 92 palestinos ficaram feridos, enquanto o "Times of Israel" fala em 500, citando autoridades palestinas.

Inicialmente, o Ministério palestino informou que quatro palestinos tinham morrido, mas revisou o número para três depois que uma vítima de 26 anos foi ressuscitada embora continue em situação crítica.

Nesta sexta, palestinos foram a cinco pontos da fronteira com Israel para participar de protestos convocados pelo comitê da Grande Marcha do Retorno, na qual estão representadas todas as facções palestinas. Segundo Israel, 10 mil pessoas participam desse protesto.

Os palestinos incendiaram pneus e lançaram pipas com coquetéis molotov incorporados para provocar incêndios no lado israelense. Em resposta, os soldados israelenses usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. A agência Reuters afirma que foram também dispados tiros.
Um manifestante palestino exala gás lacrimogêneo após ser atingido na boca com uma bomba disparada pelas tropas israelenses, em Khan Younis, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (8) (Foto: Adel Hana/ AP) Um manifestante palestino exala gás lacrimogêneo após ser atingido na boca com uma bomba disparada pelas tropas israelenses, em Khan Younis, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (8) (Foto: Adel Hana/ AP)

Um manifestante palestino exala gás lacrimogêneo após ser atingido na boca com uma bomba disparada pelas tropas israelenses, em Khan Younis, na Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (8) (Foto: Adel Hana/ AP)

A mobilização, denominada Marcha do Milhão a Jerusalém, acontece pela 11ª sexta-feira consecutiva. Mais de 120 palestinos morreram por fogo israelense em incidentes violentos durante esses protestos, de acordo com o balanço da agência Efe.

Pelos megafones das mesquitas, as diferentes facções palestinas pediam à população para participar do protesto, que coincide com a última sexta-feira de Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos, e com a proximidade do aniversário dos 51 anos do início da Guerra dos Seis Dias, que deu origem à ocupação dos territórios palestinos por Israel.

Protesto iraniano

Os confrontos ainda concidem com o chamado Dia de Jerusalém, protesto instituído pelo Irã contra a ocupação Israelense da metade oriental da cidade. Esse protesto é feito todos os anos na última sexta-feira do Ramadã desde a Revolução Islâmica do Irã em 1979.

No Irã, milhares de iranianos protestaram em apoio aos manifestantes palestinos. Os protestos também criticaram o presidente americano, por retirar os EUA do acordo nuclear que havia assinado em 2015 e restabelecer as sanções contra o país.

Em Teerã e outras cidades do Irã, os manifestantes lançaram seus lemas habituais de "Morte a Israel!" e "Morte aos Estados Unidos!" e queimaram bandeiras dos dois países. Na capital, os manifestantes também queimaram um boneco gigante do presidente americano Donald Trump coberto com a bandeira israelense.

"Estados Unidos, Arábia Saudita e Israel querem encurralar o Irã, mas não sabem que agindo assim colocam em perigo sua própria segurança", afirmou o presidente do parlamento, Ali Larijani, frente à multidão reunida em Teerã.

G1

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