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Ação terrorista em cidade na Bélgica deixa quatro mortos

Antes de ser morto pela polícia, atirador matou três vítimas em Liège


Duas policiais e o passageiro de um veículo morreram em um tiroteio em Liège, informou a porta-voz da Procuradoria da cidade do Leste da Bélgica, Catherine Collignon, antes de explicar que o autor dos tiros também foi morto. Mais duas pessoas ficaram feridas na área de uma escola de ensino médio. O tiroteio aconteceu às 10h30m locais (5h30m em Brasília) em uma avenida do centro da cidade, perto do instituto de ensino Waha. Encarregada pelos casos de terrorismo, a Procuradoria Federal da Bélgica assumiu a investigação do incidente.

O autor do ataque tomou as armas de serviço de duas policiais depois de agredi-las com uma faca, informou a Procuradoria, na avenida de Avroy, no centro da cidade de 20 mil habitantes. O agressor utilizou as armas para matar as agentes e o passageiro de um veículo, no estacionamento de uma escola. Ele "agrediu por trás as duas agentes com várias facadas", explicou o Procurador da Realeza, Philippe Duilieu, em uma entrevista coletiva em Liege.

— O agressor pegou as armas de serviço e as utilizou contra as policiais, que morreram. Depois atirou contra um jovem de 22 anos que estava no banco do passageiro de um veículo estacionado e que faleceu — disse Duilieu.

Depois de matar as três pessoas, o autor do ataque invadiu o Instituto Waha, "onde fez uma funcionária como refém". Os policiais "neutralizaram o agressor" quando ele saiu do centro de ensino atirando contra os agentes, indicou o procurador. Dois policiais ficaram feridos.

De acordo com a imprensa belga, o sequestrador teria gritado "Allahu Akbar" (Alá é grande), antes de ser abatido pela polícia. Segundo o jornal belga "Le Soir", ele seria um homem nascido em 1982, que deixou a prisão belga de Lantin na véspera com uma permissão de saída, que autoriza um detento a deixar a cadeia por apenas algumas horas durante o período de preparação da reinserção do indivíduo. O homem, portanto, não havia sido libertado e tampouco estava em licença de prisão. Investigadores tentam descobrir se ele havia se convertido ao Islã recentemente e se radicalizado na penitenciária.

— O caso foi encaminhado à Procuradoria Federal já que existem elementos que vão na direção de um atentado terrorista — afirmou Eric Van Der Sypt, porta-voz do Ministério Público.

O centro de crise antiterrorista belga, que está monitorando a situação, disse que não se pode excluir terrorismo como a motivação do crime, mas também está analisando outras possíveis razões.

Imagens nas redes sociais mostram pessoas correndo pela avenida onde aconteceu a troca de tiros, com disparos e sirenes ecoando no fundo.

    Un convoi de 2 ambulances quitte la zone. #avroy #liege pic.twitter.com/vakIbgnSpm
    — Victor ⌬ (@VICTORJ_FR) 29 de maio de 2018

No Twitter, autoridades belgas manifestaram apoio às vítimas:

"Violência covarde e cega em Liège. Todo nosso apoio às vítimas e seus parentes mais próximos. Nós acompanhamos a situação com os serviços de segurança e do centro de crise", disse o premier Charles Michel, que se dirigiu à cena do crime.

    Violence lâche et aveugle a #Liège. Tout notre soutien pour les victimes et leurs proches. Nous suivons la situation avec les services de sécurité et le centre de crise.
    — Charles Michel (@CharlesMichel) May 29, 2018

"Nossos pensamentos estão com as vítimas deste ato horrível. Estamos no processo de estabelecer uma visão geral do que aconteceu exatamente", escreveu no Twitter o ministro do Interior, Jan Jambon.

    Nos pensées sont avec les victimes de cet acte horrible. Nous sommes en train d’établir un aperçu de ce qui c’est déroulé exactement.

    — Jan Jambon (@JanJambon) May 29, 2018

Policiais e militares foram alvos de várias agressões desde 2016 na Bélgica, onde o grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou um atentado em março de 2016, que deixou 32 mortos no metrô e aeroporto de Bruxelas. O país está alerta desde então.

O último ataque considerado "terrorista" no país aconteceu em 25 de agosto de 2017, quando um homem de 30 anos de origem somali atacou, com uma faca, dois soldados aos gritos de "Allahu Akbar" no centro de Bruxelas. Um soldado ficou levemente ferido e o autor do ataque foi morto.

A própria Liège, uma cidade industrial perto da fronteira com a Alemanha na região francófona da Bélgica, foi alvo de um tiroteio em 2011, quando um atirador matou quatro pessoas e feriu outras 100 antes de atirar contra si mesmo.

O Globo

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